JOÃO MONLEVADE (MG) – A reunião ordinária da Câmara Municipal de João Monlevade realizada na quarta-feira, dia 24 de abril de 2025, foi suspensa para que a secretária municipal de Educação, Alda Fernandes, fizesse um pronunciamento público para esclarecer e reconhecer um equívoco relacionado à restrição de uso dos cartões de transporte escolar por parte dos estudantes da rede municipal de ensino.
Em sua fala, Alda Fernandes explicou que a medida havia sido tomada com o objetivo de evitar o uso inadequado do benefício por parte de alunos dos anos finais do ensino fundamental (7º ao 9º ano), que, segundo a Secretaria, estavam utilizando os cartões fora do horário escolar, para circular pela cidade, sem vínculo com atividades educacionais. A decisão previa a limitação dos horários em que os cartões poderiam ser utilizados, tanto na entrada quanto na saída da escola.
No entanto, conforme explicou a secretária, a medida acabou impactando negativamente estudantes do ensino médio que, após o turno regular de aulas, se deslocam para instituições como o Sesi e o Senai, onde cursam atividades técnicas e complementares.
Após diálogo com os vereadores Sassá Misericórdia (Cidadania), Revetrie Teixeira (MDB), Bruno Cabeção (Avante) e Maria do Sagrado (PT), que levaram a questão à secretaria, Alda Fernandes reconheceu que a situação não havia sido considerada inicialmente e que, de fato, prejudicou parte dos alunos. “Minha intenção jamais foi causar constrangimento a qualquer aluno ou família. O objetivo da decisão era resguardar nossos estudantes. Reconheço que houve um equívoco e, por isso, os cartões dos alunos do ensino médio já foram desbloqueados desde ontem (terça-feira, 22) ”, afirmou.
A secretária também informou que, em caso de cartões que ainda apresentem problemas, a falha pode estar relacionada a defeitos nos validadores dos ônibus, e não a novas restrições da Secretaria. A empresa Enscon, responsável pelo transporte, já foi notificada e os reparos estão sendo providenciados.
Por fim, Alda explicou que o bloqueio permanece para os alunos do 7º ao 9º ano, mas se colocou à disposição para analisar situações específicas de alunos que frequentem cursos fora do horário escolar. “Estou sempre aberta ao diálogo. É através do diálogo que a gente vai melhorando nossos serviços”, concluiu.
O presidente da casa, Fernando Linhares (Podemos), agradeceu a presença da secretária e a parabenizou pela transparência e coragem ao reconhecer publicamente um equívoco na decisão que limitava o uso dos cartões de transporte escolar.
Linhares destacou que, embora a medida tenha sido tomada com boa intenção, acabou prejudicando muitas famílias. Ele reforçou que mais importante do que evitar erros é ter a humildade de reconhecê-los e corrigi-los, como fez a secretária.
Proerd como patrimônio imaterial do município – Ainda na reunião os vereadores aprovaram em segundo turno e redação final o Projeto de Lei nº 1.530/2025, de autoria do vereador Carlinhos Bicalho (PP), que reconhece o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) como patrimônio imaterial do município.
Em sua fala, Carlinhos Bicalho destacou a importância do programa e agradeceu à equipe da Polícia Militar responsável pela execução do projeto, em especial à Cabo Bruna, ao Sargento Thiago e ao Soldado Bruno, que acompanharam a votação da matéria.
Os demais vereadores fizeram uso da palavra para parabenizar o autor da proposta e enaltecer os impactos positivos que o Proerd tem sobre os alunos. Os parlamentares também lembraram do Sargento Célio Ferreira de Souza, que atuava como instrutor do programa. Sargento Célio faleceu em 2019.
Fonte e foto: Prefeitura de João Monlevade